FONTE: BLOG DO FRIO

Por Redação

Quando Microsoft e Google começam a fazer experiências, a chance de algum paradigma em breve ser quebrado é bastante considerável.

E não haveria de ser diferente agora, quando ambas as big techs se debruçam sobre o mesmo projeto: tornar ecologicamente mais amigáveis os data centers espalhados pelo mundo.

Considerando que a refrigeração das máquinas é a maior consumidora de energia, a ordem tem sido buscar alternativas, mesmo diante de desafios como a corrosão e os serviços de manutenção subaquáticos.

A Equinix, líder global em colocation de data centers, deu números objetivos a essa equação, ao comunicar recentemente seus planos na América Latina envolvendo a chamada refrigeração líquida ou natural.

Segundo a empresa, atualmente um rack convencional tem potência entre 10 e 15 kW. No entanto, a Inteligência Artificial e a computação de alto desempenho devem requerer racks de até 100 KW.

Além disso, a demanda crescente dos grandes clientes de data centers por instalações mais eficientes e de menor impacto ambiental justificam os esforços para uma mudança de rota.

A caminho

Os players empenhados em sair na frente, como também em obter os melhores resultados possíveis, quando tudo isso for uma realidade no mercado, não escondem as linhas gerais dos seus planos a respeito.

Embora o tema não seja novo, pois os primeiros lampejos a respeito começaram a surgir anos atrás, pode-se dizer, sem trocadilho, que estamos assistindo a um divisor de águas nisso tudo.

A Microsoft, por exemplo, desenvolve o Projeto Natick, em parceria com a comunidade científica e a marinha. E comemora bons resultados já obtidos, tanto em eficiência energética quanto em sustentabilidade.

Linha semelhante é a das Estações de Monitoramento Subaquático da Google, que têm explorado a instalação de data centers para registrar informações dos próprios oceanos.

A Equinix, por sua vez, pode-se dizer que não foi tão fundo. É que o método da empresa consiste em submergir componentes dos servidores dentro dos próprios, usando para isso um líquido condutor térmico, mas que não conduz eletricidade.

Sua ideia é adotar essa concepção em data centers novos, tendo em vista que nos já existentes a viabilidade é questionável.

E os planos da empresa são ambiciosos, pois envolvem perto de 45 regiões metropolitanas mundo afora.

Mas também já há usuários finais pensando seriamente em adotar o novo sistema, quando ele chegar, seja o encapsulando em simulacros de submarinos, ou então aplicando cuidadosamente líquidos no interior dos próprios servidores.

Os cassinos on-line, por exemplo, demonstram grande interesse no assunto. Afinal, não querem ver o negócio naufragar, diante das contas de luz astronômicas que costumam receber.

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